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\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Passei minha inf\u00e2ncia em cidades do interior do Paran\u00e1 onde n\u00e3o eram publicados jornais e os de fora pouco circulavam. Mesmo assim meu pai trazia para casa os di\u00e1rios de Curitiba e \u00e0s vezes at\u00e9 O Estado de S\u00e3o Paulo. N\u00e3o sei como fazia isso. Talvez tivesse uma assinatura. Lembro-me de ver em casa exemplares d\u2019O Estado do Paran\u00e1, que era forte no interior do estado.<\/p>\n\n\n\n

Foi nele \u2013 que os jornalistas gostavam de chamar de Estadinho \u2013 que vi, no dia 18 de julho de 1975, as fotos da neve que havia ca\u00eddo em Curitiba no dia anterior. Eu era uma menininha no in\u00edcio da vida escolar, mas morando em cidade pequena podia ir sozinha ao dentista. Na sala de espera peguei o Estadinho repleto de fotos da neve que n\u00e3o se repetiria mais. Estranho eu lembrar disso. De uma inf\u00e2ncia guarda-se quantas imagens na mem\u00f3ria? Vinte? Trinta? Por que me lembro de estar na sala de espera do dentista com um jornal? Provavelmente pela excepcionalidade da neve no Brasil.<\/p>\n\n\n\n


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Em Curitiba, meu pai passaria a comprar a Gazeta do Povo. Descobri, ent\u00e3o, Carlos Drummond de Andrade. As cr\u00f4nicas eram longas e, se bem me lembro, sem ilustra\u00e7\u00f5es. Provavelmente eu passava os olhos pelo jornal todo. Caso contr\u00e1rio, como teria descoberto o autor que me encantou? Passei a recortar as cr\u00f4nicas para rel\u00ea-las mais tarde. \u00c0s vezes tamb\u00e9m recortava tirinhas, frases soltas\u2026 <\/p>\n\n\n\n


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Recortar jornais foi um v\u00edcio de muitos leitores que conheci mais tarde, quando passei a trabalhar em reda\u00e7\u00f5es. <\/p>\n\n\n\n

Quantos recortes desta centen\u00e1ria Gazeta do Povo foram organizados em pastas, dobrados em gavetas e compartilhados \u2013 \u201cvoc\u00ea tem que ler isso!\u201d — por paranaenses? <\/p>\n\n\n\n


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Acostumados com a gigantesca oferta de informa\u00e7\u00e3o que temos hoje, tendemos a pensar que antes da internet vivia-se na mais completa indig\u00eancia informativa. Bobagem. O ritmo era mais lento, mas quem queria se informar, encontrava os meios. Meu pai, na sua condi\u00e7\u00e3o de banc\u00e1rio do Bamerindus que peregrinava de ag\u00eancia em ag\u00eancia, sempre em cidades pequenas, nunca abriu m\u00e3o de ler jornal. <\/p>\n\n\n\n

Dif\u00edcil era conseguir livros. Livraria n\u00e3o havia em nenhuma das tr\u00eas cidades pequenas onde morei. Na \u00faltima delas, Imbituva, a biblioteca p\u00fablica foi danificada por um inc\u00eandio quando eu estava na idade de come\u00e7ar a frequent\u00e1-la. Foi reaberta em car\u00e1ter prec\u00e1rio e minha irm\u00e3 um dia apareceu em casa com um exemplar emprestado que tinha a capa chamuscada. <\/p>\n\n\n\n

Ou ser\u00e1 que essa \u00e9 uma imagem criada pela minha imagina\u00e7\u00e3o? <\/p>\n\n\n\n


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Comentando a colabora\u00e7\u00e3o de Machado de Assis com os jornais de sua \u00e9poca, Lucia Granja escreveu que \u201cum escritor monstruoso como ele n\u00e3o poderia deixar de aproveitar em sua pr\u00f3pria composi\u00e7\u00e3o os movimentos desarm\u00f4nicos da modernidade.\u201d Onde Machado encontrava esses \u201cmovimentos desarm\u00f4nicos da modernidade\u201d? Nas p\u00e1ginas dos jornais. <\/p>\n\n\n\n

Continua sendo assim. O jornalismo \u00e9 por excel\u00eancia a testemunha desses movimentos que nos parecem desarm\u00f4nicos e que a Hist\u00f3ria, na sequ\u00eancia, ir\u00e1 filtrar, ordenar e explicar. Eles se apresentar\u00e3o, ent\u00e3o, mais coerentes, interligados e, portanto, harm\u00f4nicos. Mas no \u201caqui e agora\u201d em que se faz e se consome o jornalismo, autor e leitor est\u00e3o dentro do movimento. Por isso as lacunas em alguns relatos, a paix\u00e3o que turva os olhos, o \u00f3bvio que escapa a todos e depois se revela descaradamente.<\/p>\n\n\n\n


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Os jornais em papel v\u00e3o se dissolvendo, artefatos ex\u00f3ticos para as gera\u00e7\u00f5es que cresceram olhando para uma tela. O jornalismo, sempre no olho do furac\u00e3o e sujeito \u00e0s cr\u00edticas, n\u00e3o perde relev\u00e2ncia. Ao contr\u00e1rio. A modernidade, seja ela a nossa ou a de Machado de Assis, avan\u00e7a levada pelos tais movimentos desarm\u00f4nicos. O jornalismo tem sido a nossa liga\u00e7\u00e3o com ela, uma liga\u00e7\u00e3o que permite que naveguemos nossos dias sem sermos levados \u00e0 deriva.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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